De 9 a 12 de Janeiro, todos os caminhos nos levam à XXII Feira Gastronómica do Porco, EM BOTICAS

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Nos dias 9, 10, 11 e 12 de janeiro de 2020, Boticas recebe a 22ª edição da Feira Gastronómica do Porco. É uma excelente ocasião para  visitar e descobrir o melhor que o Concelho tem para oferecer.

A gastronomia, e em especial o fumeiro e os derivados do porco, serão o maior destaque deste certame, a que se juntam o artesanato, o folclore e os cantares tradicionais, bem como as afamadas chegas de bois, uma expressão secular da cultura popular que continua bem enraizada na  população.

 

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As mais de duas décadas de experiência tornaram a Feira Gastronómica do Porco num certame de renome nacional e internacional, principalmente do outro lado da fronteira, pela proximidade geográfica com Espanha.

Entre o vasto leque de produtos com origem em Boticas temos o fumeiro, os enchidos e o presunto, elementos diferenciadores deste território, classificado como Património Agrícola Mundial.

O segredo da qualidade daquilo que é vendido e consumido ao longo de todo o evento deve-se, em primeiro lugar, à forma como os produtos são confecionados, nomeadamente através de métodos e técnicas artesanais e, em segundo lugar, ao rigoroso controlo de qualidade a que são submetidos.

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Os mais de 70 mil visitantes que anualmente visitam o certame têm à sua disposição mais de 40 toneladas de fumeiro, o que se traduz num volume de negócios de meio milhão de euros.

Além da comercialização de produtos, a Feira do Porco é também conhecida pela componente gastronómica e pelas tasquinhas tradicionais que fazem as delícias dos amantes da boa comida.

Mais uma vez, os restaurantes apresentam alguns dos melhores pratos típicos desta região, confecionados à base de carne de porco e enchidos e acompanhados por bons vinhos regionais, entre os quais o conhecido “Vinho dos Mortos”.  e “Quinta de Arcossó”, de Amilcar Salgado.

Para os nossos leitores, esta é a escapadinha ideal para o fim de semana de 9 a 12 de Janeiro. Vejamos então o que podemos apreciar nesta viagem até ao Barroso…

Como chegar a Boticas:

Vindo de Lisboa, pode optar pela auto-estrada do norte (A1), saíndo na saída de Viseu (IP3) e depois ligação à A24, saíndo no nó de Vidago, onde entra na nacional 311, até Boticas.

Vindo do Porto, seguindo a direcção da A7, terá acesso a A24 e no nó de Vidago, segue na Nacional 311, ou se preferir, segue na A24 até Chaves e depois segue a Nacional 103.

Vindo de Espanha, segue na A24 até Chaves e entra na nacional 103.

Como vêem, todos os caminhos vão dar a Boticas

Em boticas, além do certame gastronómico, não faltarão pontos de interesse que irão justificar muito bem a vossa visita:

Boticas é uma agradável vila serrana no interior de Portugal no distrito de Vila Real com cerca de 1280 habitantes.

Célebre pela Gastronomia, nomeadamente pela carne de vitela “barrosã”, mas também pelo afamado “vinho dos mortos”, que conseguiu este designação desde tempos das invasões Francesas.

Então o que visitar em Boticas?

Centro de Artes Nadir Afonso

O Centro de Artes Nadir Afonso, é um espaço que perpetua a ligação do Mestre Nadir Afonso, um dos maiores expoentes da pintura contemporânea portuguesa, ao Concelho de Boticas, de onde era natural a sua mãe (mais propriamente da aldeia de Sapelos).

O espaço tem cerca de 80 obras do artista disponíveis em exposição permanente e alberga ainda exposições de pintura ou de outras obras de arte com relevo nacional.

PAVT – Parque Arqueológico Vale do Terva

O Centro de Interpretação do PAVT- Parque Arqueológico do Vale do Terva, localiza-se na aldeia de Bobadela – Boticas. Funciona como lugar de conhecimento, proporcionando uma exposição permanente que apresenta as características e história do território do PAVT, facultando ao visitante informação que lhe permitirá partir à descoberta da paisagem cultural do vale superior do rio Terva.

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Aldeias Preservadas

A Aldeia de Vilarinho Seco é uma das mais bem preservadas aldeias barrosãs. Situa-se no sopé da Serra de Barroso e convida a uma visita atenta pelas suas ruas mais pitorescas! Embarque nesta viagem no tempo, numa região transmontana que sabe preservar as suas características mais tradicionais! Dotada de traça tradicional em pedra granítica, a aldeia ainda hoje se dedica à agricultura e pastorícia. Não faltam espigueiros em granito e algumas habitações ainda conservam os telhados de colmo, típicos de outros tempos.

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Ecomuseu de Barroso – Museu Rural

O Museu Rural de Boticas é um dos pólos constituintes deste projeto comum do Barroso, que abarca os concelhos de Boticas e Montalegre.
Nele se ilustram as interações do ser humano com o território que na atualidade constitui o concelho de Boticas e as vivências espirituais que foram marcando e orientando os ocupantes do território.

Património Edificado

Boticas exibe um vasto património resultante dos séculos de historia que estas terras contam. Temos como exemplo os fantásticos povoados pré-romanos de Carvalhelhos e Lesenho, as pontes medievais tais como a ponte Pedrinha e de Agrelos , inúmeros fornos comunitários e igrejas.

Quinta do Cruzeiro

A Casa Museu “Quinta do Cruzeiro”, pólo do Ecomuseu de Barroso, localizada em Covas do Barroso, é parte integrante da Casa do Silvas, antiga quinta senhorial que funcionava de forma orgânica, produzindo e transformando os produtos necessários à vida na casa. Aqui vai poder conhecer alguns aspetos da vida social da Casa do Silvas e da aldeia de Covas do Barroso. Também poderá percorrer os espaços de trabalho da Quinta do Cruzeiro e conhecer as estruturas que a tornaram
autossustentável, tais como a eira, o celeiro, os canastros, o moinho, o forno, os lagares de vinho e azeite e o alambique.

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O “Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade” situa-se no concelho de Boticas e abrange as freguesias de Vilar, Codessoso e Beça e o acesso faz-se pela Estrada Regional 311. A rápida ligação à autoestrada A24 confere-lhe boas acessibilidades, tanto de Espanha (Galiza) como do Norte de Portugal.pesca-desportiva

O Parque é atravessado pelo rio Beça, que apresenta uma vasta mata ripícola, entre uma área que, apesar da sua evolução natural, necessitou de uma recuperação, com regeneração do coberto vegetal natural, sobretudo carvalhais e das formações arbustivas/matos. A área encontra-se preservada, garantindo o seu valor natural e paisagístico, com especial cuidado na proteção dos habitats com enorme valor natural (florísticos, faunísticos e fungos).

Tendo como área de intervenção os antigos Viveiros Florestais da Relva, com aproximadamente 60 hectares, a criação deste Parque contemplou a construção de infraestruturas e equipamentos de apoio, no sentido de tornar possível a gestão direta de habitats e espécies, a visitação do espaço, a sensibilização e o envolvimento dos cidadãos, a divulgação, disseminação e comunicação dos resultados obtidos e a promoção, conservação e valorização do património natural, com a consequente manutenção da biodiversidade.

Deste modo, associa biodiversidade e natureza com conhecimento e inovação, apresentando-se, assim, como um importante núcleo ativo na promoção da conservação e preservação do meio ambiente, em estreita articulação com os cidadãos.

As  infraestruturas criadas e as atividades a desenvolver  permitem ao público o contacto com a natureza e com as populações.  O espaço  tem um vasto património natural e construído e as componentes pedagógica e científica, encontram-se reunidas as condições para fazer do Boticas Parque um espaço atrativo e um excelente local para visitar.

Onde Ficar? Visitar Boticas… recomenda-se uma pernoita…

BOTICAS PARQUE NATURE HOUSE

Este espaço permitirá o contacto com a natureza longe da agitação do dia-a-dia da cidade. Encontram-se localizadas num espaço rodeado de vegetação natural em harmonia com a natureza, sendo que na sua construção foram usados materiais não-poluentes, recorrendo ao método LSF (light steel framing) que permite reduzir em cerca de 70% os consumos de energia, quer para aquecimento quer para arrefecimento, sendo um sistema de manutenção bastante reduzida. As emissões de CO2 são igualmente inferiores e todos os materiais utilizados na construção podem ser reciclados.

A rápida ligação à autoestrada A24 confere-lhe boas acessibilidades, tanto de Espanha (Galiza) como do Norte de Portugal. Localizado a cerca de 138 km do aeroporto Sá de Carneiro no Grande Porto.

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Para quem gosta da natureza e dormir no seu seio, além do Boticas Parque, o concelho tem um leque de ofertas na área do turismo rural que lhe agradarão com toda a certeza.

Destacamos

A CASA SÃO CRISTOVÃO

A Casa S. Cristóvão está situada junto ao espelho de água do ribeiro de Fontão. A beleza do espaço envolvente, a tranquilidade, a gastronomia regional, a pureza do ar e da água da montanha, fazem desta casa a pérola do turismo rural da região de Barroso (Trás os Montes).PC260061

A elegância e a sobriedade dos seus quartos sugerem a harmonia entre a tradição e a modernidade, que se traduzem em Conforto e Bem-Estar.
Temos seis quartos, todos com quarto de banho privativo, telefone, televisão, TV cabo, video e aquecimento.
Sala de estar e Sala de refeições ou reuniões para 60 pessoas e uma Cozinha Regional com lareira, um Bar e Internet.

 

 

A CASA DA EIRA LONGA

A Casa da Eira Longa é como que uma pequena aldeia
dentro da aldeia de Vilar, concelho de Boticas.

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Este magnífico espaço  resultou da recuperação e remodelação da residência dos antigos morgados da terra, construída antes de 1750. Hoje, é um harmonioso conjunto arquitectónico, onde impera a solenidade do granito e se mantém o conforto das madeiras de castanho e de carvalho.quarto-886x668

Compõe-se de dois apartamentos (T2 e T1), duas suites e quatro quartos duplos, um deles apto a receber pessoas com mobilidade reduzida. Cada uma destas dependências está dotada de casa de banho, aquecimento, secretária, televisão, toalhas e produtos de higiene pessoal. Os apartamentos englobam cozinhas devidamente equipadas e amplas salas de estar.

A Casa da Eira Longa, pela sua qualidade e pela sua localização,
constitui um excelente lugar para retemperar forças e conhecer
uma região plena de beleza, história e tradições.

 

Finalmente, Boticas dispõe de 2 unidades hoteleiras com todo o conforto para lhe proporcionar uma excelente estadia…

Hotel “Rio Beça”

O Hotel e Restaurante Rio Beça localiza-se em Boticas, Carreira da Lebre, a 2 km da Estância Termal de Carvalhelhos e a 50 Km do Parque Nacional da Peneda-Gerês, num dos mais belos lugares transmontanos.

Inaugurado em 2001, destaca-se pela gastronomia típica e diversificada do seu restaurante, Restaurante Rio Beça, tendo como expoente máximo a suculenta carne de vitela barrosã (DOP) e o seu famoso Cozido barrosão, o Cabrito Barrosão, o Javali com castanhas e ainda o Presunto, Alheira e Linguiça.

O Hotel Rio Beça dispõe de dez quartos decorados com um estilo clássico e rústico.

Todos os quartos estão equipados com varanda ou terraço, casa de banho privativa com banheira ou duche, televisão LCD, telefone, cofre, frigobar, aquecimento central, ar condicionado e internet wireless gratuita .

Tem ainda à sua disposição uma sala de estar com lareira, televisão por cabo, jornal diário e revistas.

Estacionamento privado e gratuito.

 

BOTICAS HOTEL – ART & SPA

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O Boticas Hotel ART & SPA é um charmoso Hotel de 4 estrelas, dedicado à arte contemporânea. Num edifício de arquitetura moderna e arrojada.

O Hotel está situado ao lado do centro de Artes Nadir Afonso, em pleno centro de Boticas, Alto Tâmega e Barroso. Integrado num espaço marcado por uma inigualável beleza natural, o Hotel dispõe de instalações num estilo contemporâneo e presta homenagem ao Pintor, Arquiteto e Filósofo, Nadir Afonso. Pinturas, tapeçarias, fotogalerias e livros do grande Mestre da pintura contemporânea portuguesa do século XX são a decoração do hotel.

 

ONDE COMER

Quem vai a boticas e não se delicia por lá com a gastronomia típica do Barrosa, arrepende-se para o resto da vida…. é, como se costuma dizer«ir a Roma e não ver o Papa»

 

  • As ofertas gastronómicas do Concelho são vastas e a sua qualidade reconhecida internacionalmente. A ela se associam de imediato a vitela Barrosã, o famoso cozido à moda do Barroso, os enchidos, o presunto, o “Vinho dos Mortos” e o “Mel de Barroso”. Habitantes ancestrais das terras altas do Norte de Portugal, os bovinos barrosões são herdeiros naturais de um património genético único.

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  • Referência emblemática da bovinicultura portuguesa, a Raça Barrosã distingue-se de todas as outras pela lira alta da sua cornamenta, a sua harmonia de formas e pela famosa e inigualável carne que produz. Manjar de Reis no passado século, hoje, mercê do rigoroso controlo com que é seleccionada e criada, está à disposição de todos, tendo a sua carne Denominação de Origem Protegida (D.O.P.). Pode dizer-se que depois do pão, o porco é o alimento principal das refeições do transmontano.

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  • Todos apreciam o salpicão, os rojões, a grande variedade de enchidos, os presuntos cheios de pique e notável sabor, que tão aprazível gosto possuem para o palato humano. O calor que vem das lenhas e pedras das lareiras das cozinhas montanhesas confere-lhes um aroma e sabor inconfundíveis. Esta excelência conduziu já à protecção (Indicação Geográfica – IG) de um conjunto de produtos, nomeadamente enchidos e fumados, cuja reputação ou características podem ser atribuídas à região de Boticas.

Para comer e apreciar todos estes sabores, destacamos, além do hotel restaurante RIO BEÇA, o RESTAURANTE MARIALVA, uma das referências no concelho.

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O Restaurante Marialva, além de costumar estar presente na feira, é um dos expoentes máximos da gastronomia da região, dos quais destacamos os seguintes pratos:46726

  • Costeleta de Vitela Barrosã
  • Cozido à Barrosã
  • Bife de Vitela Barrosã
  • Fralda Grelhada
  • Vitela Assada
  • Naco de Vitela Barrosã
  • Costeletas de Vinho e Alho
  • Cabrito à Marialva
  • Vitela de Churrasco

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Para os amantes do peixe, também não foram esquecidos, de onde destacamos as trutas da região

  • Bacalhau à Marialva
  • Trutas “Rio Beça” Recheados com Presunto
  • Trutas “Rio Beça” com Molho Verde

 

 

NA FEIRA… A NOSSA RECOMENDAÇÃO…

FUMEINOR… UMA REFERÊNCIA NO FUMEIRO

O salpicão do lombo, o salpicão entremeado, a sangueira, a barriga e a alheira fumadas, produtos fabricados pela Fumeinor, em Boticas, foram distinguidos com medalhas de ouro e bronze na 9º edição do Concurso Nacional de Fumeiros Tradicionais, evento que tem como objetivo principal premiar, valorizar e divulgar os genuínos enchidos tradicionais.images

Estas distinções são mais uma prova de que o fumeiro e os enchidos produzidos no Concelho de Boticas são detentores de uma qualidade excecional e de um sabor único.

 

 

VINHO DOS MORTOS – UMA REFERÊNCIA E ATRAÇAO EM BOTICAS

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Uma história que nos leva até ao ano de 1808, quando os franceses invadiram a região, o povo, com o medo que lhes pilhassem os bens, escondeu o que conseguiu, o vinho foi enterrado no chão das adegas, debaixo pipas e dos lagares. Mais tarde, quando recuperaram os bens que restaram e ao desenterrarem o vinho,julgaram-no estragado.

Porém, descobriram que estava muito mais saboroso, pois tinha adquirido propriedades novas. Era um vinho com graduação de 10º/11º, palhete, apaladado, e com algum gás natural, que lhe adveio de se ter produzido uma fermentação no escuro e a temperatura constante. Por ter sido “enterrado” ficou a designar-se por “Vinho dos Mortos” e passou a utilizar-se esta técnica, descoberta ocasionalmente, para melhor o conservar e optimizar a sua qualidade. Assim, nasceu a tradição de “enterrar” o vinho. Hoje são já poucos os agricultores que mantêm viva esta tradição, nas vinhas sobranceiras à Vila de Boticas e da Granjas, nas encostas aí existentes, que possuem as condições de clima e solo adequadas à produção deste precioso vinho, que, não sendo abundante, tem sabor agradável e merece ser apreciado. Servir à temperatura de 14ºC.

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Desta forma, por circunstancial coincidência, nasce uma tradição que ainda hoje tem continuidade em Boticas, onde labora o único produtor e engarrafador registado oficialmente para comercializar este produto singular, o Vinho dos Mortos. O néctar – com graduação entre 10º e 11º e ligeiramente gaseificado, foi assim batizado por ser ‘enterrado’.
A técnica continua a usar-se nas vinhas de Boticas por possuir clima e terroir adequados à pmortosrodução deste precioso vinho

Este Vinho Regional Transmontano com produção reduzida – cerca de 7 mil garrafas por ano – está no mercado há menos de uma década pela mão de Armindo Sousa Pereira. Quase a chegar aos 70 anos, apaixonado pela terra e suas particularidades, mantém vivo o saber que herdou dos avós e dos pais. Agora, espera que os filhos mantenham viva a tradição do Vinho dos Mortos.Saiba mais no site do Vinho dos Mortos. Se ficar curioso pode também visitar a loja online. Armindo Sousa Pereira garante que as encomendas chegam ao destino em 24 horas.

 

Vamos então visitar Boticas… boa viagem e… lá nos encontramos…

 

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